Entre um esbarrão e um bilhete.

Nanda, já não consigo viver sem ele, dizia Alice entre soluços. Ele é o meu homem, o ar que eu respiro...
Desde o começo do relacionamento, era explicito o contraste entre os dois, Eugênio era um homem comum, bem classe média, ouvia bossa nova e tomava sua cervejinha de vez em quando. Alice, Filha de um empresário estava longe de se enquadrar à mesmice da classe média: Férias na Europa, aulas de canto, de piano, falava quatro idiomas... Enfim, bem diferente do filho do advogado e da professora que só conhecia a Disney.
O primeiro encontro dos dois aconteceu, como sempre, casualmente, Na saída da Universidade.Nada mais clichê, um esbarrão.
Depois dali, eles não passavam mais de dois dias sem se ver, o amor floresceu com a força e a beleza do amor perfeito que cresce sem pudores no centro-oeste de nosso país.
Porém, nem só de sonhos vivemos e por fim a realidade veio, as palavras de LaMari não faziam mais sentido.
Os amigos, os pais... Todo mundo não entendia, como Alice quis um homem daqueles ? sem jeito,sem classe, sem nada.
Até a própria Alice percebia, seu amor só funcionava longe da civilidade, onde Eugênio não dava vexame. Mas ela gostava dele, ela o amava. Seu toque, seu cheiro, seu jeito. Tudo era divertido, uma aventura.
Depois de dois anos brigando com o mundo (não falava mais com os pais e com quem não era de acordo com seu relacionamento), Alice conhece Miguel, filho de um diplomata, estudava no instituto Castelo Branco, seguramente seguiria os passos do pai...
Eugênio ? Ficou Com o bilhete que Alice escrevera despedindo-se: Foi bom Meu bem, Mas já passou.


Comentários

Unknown disse…
Amigo,ameeeeeeeeeei!Adrei sua história.É emocionante o cinismo dos amores hoje em dia.kkkk!Sei que não é regra geral,mas é, realmente,o que mais acontece.Vc estava muuuuuuuuuuuuuito inspirado quando fez esta criação.kkkk.Continue que suas histórias são leves e fluem numa imaginação simplesmente incrível!
Ainda bem que nem todos os "amores" são assim...
G. Pinheiro disse…
Não posso mais ler histórias românticas, parei. Mas tá boa!
Prof. Hugo! disse…
PEDRO!


MUITO BOM, GAROTO!

Adorei!
Tu vais acreditar se eu te disser que fiquei arrepiado com o final?
"Foi bom, meu bem. Mas acabou"

UAU.
Fazia tempo que eu não viajava em blogues. O teu me fez querer voltar a ter essas leitura. E isso significa bastante, viu?

Beijos.
(Ah, obrigado pelos conselhos lá no clubberstyle, it's so sweet of you)

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